domingo, 6 de outubro de 2013

Parc de Sceaux

 
Esse parque foi descoberto por acaso, pois ao lado dele passa a Coulée Verte, um caminho onde costumamos correr (na próxima vez eu falo sobre ela). E é realmente... muito bonito. Principalmente essa parte mostrada acima, tem uma vista que é uma ótima surpresa!

De perto, logo na chegada, a gente vê um imenso gramado com árvores todas enfileiradas e cortadas milimetricamente formando umas super-perspectivas. Eu já estava satisfeita com aquele gramado todo para macaquear com as meninas, mas fomos andando... e descobrimos que é um parque muito grande, com inúmeros jardins, fontes, canais... Ele foi planejado pelo André Le Nôtre, paisagista de Louis XVI, que é também autor do jardim de Versailles, entre outros. Nesse ano estão comemorando o seu aniversário de 400 anos.

 Esse jardim da foto abaixo, foi o que eu chamei jardim da She-Ra. Não sei se vocês lembram, mas parece o cenário dos desenhos dela (tinha até um bichinho colorido que se escondia atrás das moitas e a gente tinha que achá-lo durante o desenho...), eu me empolguei um pouquinho e pedi para as meninas se esconderem atrás dos arbustos e tirei uma foto. Vejam se encontram elas (dica: tem uma vestida de Branca de Neve).


 Enfim, depois de brincar um pouco de She-Ra (ops, eu não, hein? as meninas!) continuamos explorando o local e acabamos passamos o dia inteiro sem se dar conta da hora. Quem quiser ver um mapa do lugar e algumas fotos é só entrar aqui, que tem todas as informações. O parque não fica em Paris, é nos arredores, mas bem pertinho. Para se ter uma idéia:  uns 6 Km do 14ème (ver Paris é um Caracol). Dependendo da disposição dá para ir andando, de bicicleta... mas também dá para chegar de ônibus ou de RER (misto de trem e metrô da região metropolitana de Paria). 
 

Ah, e não esquece sua cesta de picnic, sua raquete de badminton (sempre tem alguém jogando) e sua bola para farofar com as crianças. Se estiver sem crianças nada de farofa, que é feio, né? Leva um picnic mais sofisticado, um vinhozinho e uma toalha para se jogar no gramado sem preocupações!

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Parc de I'île de Saint-Germain

Esse parque fica nos arredores de Paris (mais precisamente em Issy-les-Moulineaux), e confesso que foi uma surpresa muito agradável. Resolvi ir sem esperar muita coisa, mas quando cheguei me surpreendi. Um lindo parque com o rio Sena ao lado. É incrível como um parque com diversos prédios ao seu redor, pode tornar-se um lugar tão tranquilo e calmo, como se você não estivesse no meio da cidade. A escultura que pode ser vista na foto acima (do artista Jean Dubuffet), é o principal marco do parque.


De ínicio já nos deparamos com um lindo jardim, que se chama "jardim de descobertas", com diversas espécies de flores e até alguns legumes! Há diversos pequenos jardins por lá. As fotos ao lado e abaixo são do jardim das descobertas.





Nesse parque tem um Poney-club, pista para caminhada e corrida, um grande gramado, trilhas e atualmente um projeto de leitura ao ar livre sobre o qual você pode saber mais aqui. Ele é promovido pela mediateca de Issy-les-Moulineaux, que faz uma seleção de livros para que as pessoas possam ler nos gramados, ao ar livre, uma delícia! Não posso esquecer que lá também tem um excelente parquinho, que desta vez não foi a diversão principal das crianças. Resolvi fazer um kit de artes com aquarela, tinta guache e canetinhas hidrocor, aí foi só escolher a sombra de uma árvore para começar os trabalhos e fazer um lanche. Fica então uma dica: esse kit não ocupa muito espaço e fez o maior sucesso, tanto que o parquinho, como eu disse, ficou em segundo plano. Embaixo uma foto dos trabalhos, o do pai e o da filha!

Com a aquarela dá também para fazer pintura no corpo, e eu não escapei dessa: voltei para casa com um imenso dragrão que cuspia fogo tatuado na minha perna, e com as meninas todas maquiadas. Na foto abaixo Dudu com a sua pintura de rosto e também o ínicio de uma pintura no pai, que também não escapou, é claro!


                                                     

Para mais informações sobre o parque é só olhar aqui, e se alguém estiver em Paris em agosto, o projeto de leitura ao ar livre acontece até o dia 29 do mês.

domingo, 18 de agosto de 2013

Parc André Citroën


Esse parque é uma ótima idéia para um dia de muito calor! Com crianças então, nem se fala! Elas se esbaldam nessas fontes aí da foto acima. Mas atenção, só é liberado para banho durante o verão, no resto do ano é proibido (está lá na plaquinha)... Então, para compensar, nessa época vira uma farofa!

Há várias pessoas no gramado pegando sol, fazendo piquenique, jogando bola, aliás, como acontece em quase todos os parques no verão.Tem também um grande balão, onde é possível subir a uma altura de 150 m e ter uma bela vista de Paris (nada de sobrevoar a cidade, só sobe e desce bem preso pelas cordas), qualquer dúvida, é só olhar aqui.

O parque fica às margens do Sena e foi construído no terreno que abrigava uma antiga fábrica da Citroën, daí o nome, homenagem ao dono, André Cintroën. Ele é mais futurista, com vários pequenos jardins, alguns cheios de florzinhas interessantes...


Quando fui achei o parque um pouco largado, pelo menos para os padrões de Paris, e também havia uma parte fechada para reforma, acredito que seja a dos parquinhos das crianças. 

Enfim, acho que o André Citroën é um bom passeio nas épocas mais quentes, nas mais frias imagino que não valha muito a pena. Aliás, Paris como um todo precisa ser pensada sempre em termos de inverno-verão, pois realmente muda muito, nem parece a mesma cidade!

Mais informações úteis bem aqui.


segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Não estranhe se...


...Estiver andando por Paris e ver pessoas bebendo água de uma fonte qualquer, assim... no meio da rua! Pode beber tranquilamente (na foto, as meninas se lavando numa delas).
 
...Te falarem que aqui as crianças não tem aula nas quartas-feiras e que existem quatro férias (sim, quatro), além das férias de fim de ano! Explico: o ano escolar começa em setembro, depois das férias de verão (julho-agosto). Então, temos: as férias de outubro e novembro (15 dias), as férias de natal-réveillon (20 dias), as de inverno (18 dias) e, finalmente, as férias de primavera (mais 15 dias)!

...Você estiver andando pela calçada, avistar alguém vindo em direção contrária e essa pessoa parar para te dar passagem, mesmo se a calçada for suficiente para que as duas pessoas passem tranquilamente, sem qualquer perigo de colisão.

...Pisar no pé de alguém e essa pessoa pedir "pardon", sem que tenha feito nada, por gentileza, acredito eu, uma gentileza meio automática, mas muito cordial.

...Você for delicadamente empurrada (mas empurrada!) enquanto entra no metrô e, ao empurrá-la, a pessoa ficar repetindo sem parar: "pardon", "pardon"...

...Ao comprar uma baguete na padaria da esquina (diga-se de passagem: são mesmo deliciosas), entregar sua moeda de 1 euro para a moça do caixa e essa mesma moça que pegou sua moeda e sei lá mais quantas, se virar, meter a mão na sua futura baguete e, assim, sem nenhum pudor, com todos os dedos, te entregar aquela baguete. Aí não tem muito o que fazer... coloca a baguete embaixo do suvaco e vai pra casa feliz!

...Quando for visitar alguém, não conseguir passar da primeira porta; sim, pois costuma ter duas e atrás da primeira é que fica o interfone. Olhe bem que você vai ver um aparelho com botões: é preciso digitar uma senha para entrar...

Mas não se preocupe, não perca noites de sono com isso, quando você é convidado normalmente o convite vem automaticamente com o código da porta!

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Place de la Concorde




Muita gente passa por ela sem saber que foi palco de muitos acontecimentos históricos. Foi aí, por exemplo, que o rei Luís XVI, Maria Antonieta e muitas outras pessoas perderam a cabeça na Revolução francesa. Revolução francesa... eis uma coisa que estudei na época da escola e que pouco me lembrava... mas, pelo fato de estar morando aqui e querer conhecer melhor a história do país, acabei lendo um livro sobre e fui me dando conta de como é mais interessante quando podemos ir ao local dos acontecimentos. "Roteiro básico da Revolução" (tudo próximo da Praça da Concórdia): Conciergerie, Invalides, Palácio das Tuileries, Praça da Bastilha e, se possível, claro, Versalhes.

Obelisco

O obelisco que enfeita a praça nos dias de hoje, foi um presente de agradecimento do Egito, pois foi um pesquisador francês o primeiro a conseguir decifrar os famosos hieróglifos. Muita gente acha que o obelisco foi trazido por Napoleão Bonaparte, o que não é verdade (não sei porque mas eu também pensava isso!).

Quando passarem por ele observem bem a base: ali tem a historinha de como ele foi transportado do Egito até a França. Ah, e a pirâmidezinha dourada na ponta só foi colocada em 1998. O obelisco está na linha conhecida como "eixo histórico de Paris", que atravessa a cidade de leste a oeste, do arco do "carrousel" do Louvre até la Défense; entre um e outro, você vai passar pelo Jardim das Tuileries e avenida Champs-Élysées.

Da praça dá pra ver além do famoso Arco do Triunfo, o grande Arco de la Défense (como na foto), e como eles estão na mesma direção é possível ver um dentro da outro... no fim do dia, com o sol se pondo, é uma vista muito bonita.
 
Arco do Triunfo visto da praça (aquela linha horizontal por trás é o arco de la Défense)

A Praça da Concórdia é perto ainda dos museus da Orangerie, Louvre e d'Orsay, e da Igreja Madeleine.

terça-feira, 30 de julho de 2013

Paris, um caracol

 

Eu pensava que Paris fosse uma cidade enorme... descobri que não é. Mas é muito densa, muita coisa em pouco espaço. A impressão que tenho é que teria que morar aqui durante muito, muito tempo para conhecer tudo, e mesmo assim acho que sempre me surpreenderia com algo novo. A maior concentração de pontos turísticos é em Paris, mas os arredores não deixam a desejar, há também inúmeras coisas para se fazer. Com calma eu vou postando elas.

Paris é dividida em 20 "arrondissements" (que são mais regiões administrativas do que bairros), do 1º ao 20º, quanto menor o número, mais central, e se você seguir com o dedo vai ver que faz uma espiral, como um caracol! A maioria dos pontos turísticos ficam perto uns dos outros, então para quem tem filho pequeno um carrinho é superinteressante; e se tiver outro maior não é nada que um patinete não resolva... comigo resolveu. Só assim conseguimos finalmente andar o dia inteiro pra lá e pra cá, e Eduarda (8 anos) não reclama mais (ok, nem tanto, mas as reclamações diminuíram muito!); Stela (3) também tem um patinete, mas o carrinho vai sempre junto, quando ela cansa, e ela cansa rápido, eu penduro o patinete no carrinhos e continuamos.

Patinete salvador
 
Aqui todo mundo anda de patinete, é super comum, mesmo os adultos usam para se locomover (hoje me acostumei, mas antes achava engraçado), realmente te ajuda a ir mais rápido e, muitas vezes, não vale a pena ficar pegando metrô... além disso as calçadas são ótimas, o que te permite andar livremente. Mesmo assim no meio das caminhadas sempre paramos em algum parquinho para recarregar as energias. Outra coisa que achei interessante foram as diversas fontes de água potável na rua (que no inverno, aliás, que não funcionam), e também que é normal pedir uma garrafa d'água nos restaurantes e não pagar nada por elas (afinal são da torneira, e aqui pode-se beber água da torneira tranquilamente).

Ah, os banheiros públicos não posso me esquecer deles!, tem portas que abrem automaticamente quando você aperta um botão. Stela nunca gostou deles, ela não entra de jeito nenhum. E como ela é pequena ela pode fazer numa graminha que não tem problema, né? É engraçado, a primeira vez a gente para olha, procura o botão olha desconfiada, mas aí entra. Eu vejo muita gente olhando com desconfiança para eles, e com razão: Uma vez, que estava na fila e eis que a porta abre e a vejo uma mulher em desespero tentando colocar a calça jeans rapidamente. Que foi engraçado foi, mas fui solidária e me coloquei na frente para que ela não ficasse tão desprotegida num momento desses. Depois disso, confesso que só uso em último caso.



sexta-feira, 26 de julho de 2013

Centro Pompidou




 O Centre Nacional d'Art et de Culture Georges Pompidou, também conhecido como "Beaubourg" foi inaugurado em 1977; o nome George Pompidou veio do presidente da França que, apreciador de arte moderna, decidiu construir esse museu. Depois de um concurso internacional de arquitetura o projeto vencedor foi o de dois italianos e um inglês todos desconhecidos na época , Renzo Piano, Gianfranco Franchini e Richard Rogers, que decidiram não ocupar todo o plateau do Beaubourg, deixando um espaço livre para os artistas de rua.

Praça em frente ao Museu

Como dá pra perceber na foto, é um prédio que não tem nada a esconder. As tubulações e canos são todos aparentes, lembrando um pouco as veias e nervos... Cada tipo tem sua função e estão divididas por cores: vermelho: elevadores e escadas rolantes; verde: água; amarelo: eletricidade; azul: ar. Na época foi um choque porque essa arquitetura foi implantada em um dos bairros mais antigos de Paris, com imóveis do séc. XVII e XVIII, todos naqueles tons de cinza, ocre...

Cores à vista!

No interior do prédio, além das as galerias de exposição cheias de "Picassos", "Duchamps" etc., há uma biblioteca (aberta ao público), livrarias, salas de espetáculos, cinema e um espaço para crianças. A coleção permanente fica no 4to e 5to andar do prédio. No último andar tem-se uma bela vista de Paris, um restaurante e mais duas galerias de exposições temporárias. No centro Pompidou a entrada da exposição permanente dá direito também para as outras exposições, o que não costuma acontecer na maioria dos museus.

Vista do último andar: torre Eiffel e telhados de Paris


Vale a pena ir lá, mesmo que você não vá as exposições, nem que seja para ver o prédio e sua praça onde há uma concentração de artistas de rua (estátuas vivas, mágicos, dançarinos...) e visitar o Atelier Brancusi, que fica ao lado e tem entrada gratuita.

CRIANÇAS
Por experiência própria, eu tenho duas filhas, uma de 3 e a outra de 8 anos, não adianta achar que vai ficar horas e horas no museu, ou que vai conseguir ver tudo. A primeira vez que fui no Centre Pompidou  estava sozinha com minhas duas meninas. Ainda estava no quarto andar quando elas começaram a dar sinais de cansaço.

Coisas que eu faço e funciona: dei a máquina fotográfica para uma, o celular para a outra e falei que tirassem fotos das coisas que gostassem para quando chegássemos em casa vermos todas juntas, foi incrível, funcionou super bem.

Outra coisa importante, sempre tenha um lanchinho na bolsa. Cansou? Pare um pouco e depois continue. Fomos para o terraço que tem no quinto andar, sentamos um pouco, comemos, olhamos a vista de Paris, e procuramos identificar alguns monumentos que já conhecíamos. Depois continuamos. Fui mais rápida, claro, para ver tudo, mas depois disso sem muita calma, vai sendo um passada rápida por tudo, afinal dá pra ficar um bom tempo por lá e o "prazo" das meninas já estava vencendo.

Há também inúmeros parquinhos espalhados por Paris, vale a pena quando sair de lá e dar um pulinho em um para as crianças brincarem um pouco. Enquanto isso você senta e descansa!

Centre George Pompidou
19 Rue Beaubourg  75004 Paris, França
Preço: 10-13 euros (reduzida-inteira)
Grátis no primeiro domingo de mês.
Horários: 11-21 hs, fecha terça feira
Atelier Brancusi - 14-18, fecha terça-feira
Como chegar de metro:
Linha 1 (estação Hotel de Ville)
Linha 12 (estação Châtelet)

Mais informações úteis aqui